Desperta-te!
Deste sono profundo,
Desta fúria insensata,
Desta falsa desgraça,
Que cativas o mundo.
Liberta-te!
Destes elos perdidos,
Que passeiam a esmo
Já não és mais o mesmo
Depois de ferido.
Esqueça-te!
Destes olhos divinos
Que são tão singelos
Quanto mais e mais belos,
Inocente desatino.
Ama-te!
Muito mais que à beleza
Ilusão que embriaga
Que nas mãos do tempo se apaga,
Deixando-te aspereza.
Vem!
E me dê um sorriso,
Deste semblante querido
Quero o afago esquecido
Que a morte não perdoou.
Adeus!
Mas antes faço-lhe o último pedido
Que aqueles verdes olhos pequeninos
Tão distantes e cristalinos
Nunca deixem de brilhar.
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